PF volta atrás e afirma que mortes de jornalista e indigenista podem ter tido um mandante

No dia 17 de junho, a Polícia Federal divulgou uma nota afirmando não haver mandante ou organização criminosa envolvida no crime.

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Durante entrevista concedida a Rede Globo, o superintendente da Polícia Federal (PF) do Amazonas, Eduardo Fontes, admitiu que pode haver um mandante por trás das mortes do indigenista, Bruno Pereira, e do jornalista inglês, Dom Phillips. Anteriormente, a PF havia descartado a possibilidade de uma organização por trás do crime, afirmando que os executores haviam trabalhado por conta própria.

“É possível ter um mandante. A investigação ainda está em andamento, mas a gente está apurando tudo e nós não vamos deixar nenhuma linha investigativa de lado e vamos apurar de forma técnica e segura para dizer o que efetivamente aconteceu e o que não aconteceu”, declarou a autoridade policial.

No dia 17 de junho, a Polícia Federal, através do comitê de crise, coordenado pela corporação, divulgou uma nota afirmando não haver mandante ou organização criminosa envolvida no crime e que os executores teriam agido sozinho. No mesmo dia, a União dos Povos do Javari (Unijava) se manifestou discordando da declaração, afirmando ter repassado informações sobre organizações criminosas atuantes na região e que poderiam ser as responsáveis pelas mortes do indigenista e do jornalista.

Os corpos de Bruno e Dom foram liberados para os familiares na última quinta-feira (23). O avião com os remanescentes chegou ao Rio de Janeiro no fim da tarde de ontem e a cremação acontece no domingo (26). Nesta sexta-feira (24), está sendo realizado o velório de Bruno Pereira, na região metropolitana de Recife.