Embaixada na Rússia pede liberdade a brasileiro que trabalhava para sogro de ex-jogador do Grêmio

A embaixada brasileira na Rússia entrou com pedido de liberdade para Robson do Nascimento, preso há um ano por ter entrado com medicamento proibido no país.

Foto: Divulgação

A embaixada brasileira na Rússia entrou com pedido de liberdade para Robson do Nascimento Oliveira, preso há um ano por ter entrado com medicamento proibido no país a pedido de William Pereira de Faria, sogro do jogador Fernando, ex-Grêmio, Spartak Moscou e seleção brasileira – atualmente no Beijing Guoan, da China.

A Rússia está em uma escalada do número de casos de COVID-19 nos últimos dias, e o Itamaraty explicou à reportagem que a ação leva em conta razões humanitárias em virtude da pandemia.

Em entrevista recente a Mauro Cezar Pereira, comentarista da ESPN, em seu blog no UOL, o novo advogado de Robson afirmou que a situação do brasileiro é difícil: “Ele não tem chance, porque existe um crime”.

“Se a ação for reconhecida como crime não cumulativo, a melhor opção para ele será uma pena de sete anos. Se o tribunal declarar um crime cumulativo, neste caso, a pior opção a ser esperada é o prazo de 15 anos”, explicou.

Entenda o caso

Robson do Nascimento Oliveira, de 47 anos, ex-fuzileiro naval e que levava uma vida bem humilde em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, está preso desde 18 de março de 2019 em Kashira, cidade a 110km de Moscou.

Pouco mais de um mês antes, em 9 de fevereiro daquele ano, ele desembarcou com a esposa, Simone Barros, no Aeroporto Internacional de Domodedovo, na capital do país, e em uma de suas malas estavam duas caixas do remédio Mytedom 10mg – cloridrato de metadona -, comprimido fortíssimo usado por quem lida com dores e também utilizado no tratamento de recuperação de viciados em ópio e heroína.

Na Rússia, a metadona é considerada um entorpecente. Logo, foi acusado de tráfico.

Robson levou o medicamento de favor para o sogro de Fernando, William Pereira de Faria, pai de Raphaela, esposa do jogador, e que faz uso do mesmo.

Robson chegou até à família de Fernando via Simone, que já havia sido contratada para trabalhar para a mesma como cozinheira e pediu para que o companheiro fosse junto viver na Rússia. Ela ganharia R$ 8 mil por mês e ele, como motorista, R$ 6 mil.

*Com informações da Espn*