Neste Dia Internacional da Mulher, segunda-feira (08), repórteres e atletas se engajaram nas redes sociais para dar voz às mulheres que sofrem com o machismo e assédio todos os dias.
Com a #MeuRival, diversos nomes, alguns muito conhecidos, outros nem tanto, jogadoras como Tamires da Seleção Brasileira e do Corinthians, fizeram relatos fortes através do Twitter, mostrando como é difícil ser mulher dentro do esporte.
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O perfil do Museu do Futebol respondeu um perfil que questionou o uso da hashtag, “Com a #MeuRival estão se referindo aos homens em geral? Porque se for, não entendi o motivo para enxergar todos eles como inimigos.” Veja a replica e entenda:
Afinal, quem é #MeuRival? https://t.co/Z0Pxf0Mw1D pic.twitter.com/WwjaYvHfUn
— Museu do Futebol (@museudofutebol) March 8, 2021
Luiza Sá, do LANCE!, escreveu: “MeuRival já chega encostando sempre. Toda vez que vai falar alguma coisa com mulher está perto demais, coloca a mão no ombro, passa no cabelo, força a convivência e nunca percebe que todas ficam desconfortáveis.” Tamires publicou: “#MeuRival questiona o futebol feminino e o fato de ser atleta e mãe”.
O repórter do Globoesporte.com, Davi Barros, exaltou o uso da hashtag e os relatos acompanhados por ela. Ele chegou a admitir ter se identificado em alguns deles.
A #MeuRival é de um aprendizado sem tamanho. Infelizmente me vi em algumas das situações e serve muito pra repensar algumas atitudes. Tentar não ser machista é um exercício diário
Parabéns pela iniciativa @OlgaBagatini @renatabeltrao e @museudofutebol
— Davi Barros (@davismbarros) March 8, 2021
Veja outras falas e desabafos importantes:
#MeuRival me elogia criticando outras mulheres. E elogia outras mulheres me criticando. Tenta promover rivalidade e competição como mecanismo de defesa, mas ainda não percebeu que estamos cada vez mais juntas no corre. ❤️🙌🏻
— Amanda Kestelman (@amanda_kest) March 8, 2021
#meurival questionou como eu “virei” comentarista se ele n me conhecia de nenhum lugar antes, não era ex jogadora e ainda me mandou “virou marmita de algum chefe”. Eu tinha pelo menos seis anos como repórter de rádio, mas ele só descobriu o futebol em 2019, na minha 1a temporada.
— Ana Thaís (@anathaismatos) March 8, 2021
#MeuRival me fez passar por coisas muito ruins na cobertura da Copa do Mundo feminina. Duvidei (injustamente) do meu valor como repórter. Não cito nomes, mas tive que brigar pra que o futebol feminino fosse foco ali. Voltei da França com burnout, mas fiz o que pude pelas mulheres
— Ana Carolina Silva (@a_carolinasilva) March 8, 2021
#MeuRival já disse que eu não era capaz de trabalhar no jornalismo esportivo e hoje diz que "me lançou".
— Renata de Medeiros (@rmedeirosrenata) March 8, 2021
#MeuRival me assediou dentro do ambiente de trabalho. Várias vezes. Passei meses achando que estava exagerando. Até ele fazer com outras. Carrego culpa e dificuldade de me relacionar com superiores até hoje.
— Luiza Sá (@luizasabg) March 8, 2021
#meurival acha que falar sobre assédio e misoginia é brincadeira https://t.co/3GSvTjrr7C
— Beatriz Pessôa (@pessoabibi) March 8, 2021
#MeuRival achou que seria divertido aplicar um teste de conhecimento sobre futebol numa entrevista ao vivo quando eu estava lançando meu primeiro livro sobre… futebol!
— Clara Albuquerque (@claalbuquerque) March 8, 2021
#MeuRival eram todas as pessoas que me olhavam diferente pelo simples fato de ser a única menina no meio de vários meninos jogando futebol
— Ary Borges (@_aryborges) March 8, 2021
O #meurival diz que tem mãe, mulher, irmã e filha como se isso fosse álibi, mas quando não tem ninguém vendo, esquece a família inteira e assedia mulheres.
— Lívia Laranjeira (@livialaranjeira) March 8, 2021
#meurival não reverbera e não repercute positivamente nada que uma mulher fala. Quando faz é apenas pra enaltecer uma e diminuir outra pra criar rivalidade. #meurival promove fofoca em grupo de WhatsApp com outros colegas ridicularizando as mulheres que pensam diferente dele.
— Ana Thaís (@anathaismatos) March 8, 2021
#MeuRival me vê no ar e se acha no direito de falar sobre minha aparência, questiona como “cheguei tão nova no ar” e ainda se considera o dono do futebol, como se só ele (ou homens) vivessem o esporte desde criança
— Mariana Spinelli (@marianaspinelIi) March 8, 2021
#MeuRival discriminou tanto as pioneiras do futebol que a maioria da população não sabe quem é Sissi, uma das maiores camisas 10 que o mundo da bola já viu. Essa mulher deveria ser homenageada, exaltada e reconhecida à altura de seus feitos. pic.twitter.com/OqXNfunGFz
— Olga Bagatini (@OlgaBagatini) March 8, 2021
#MeuRival não escuta minha sugestão de pauta e, na sequência, da a mesma ideia que eu achando genial.
— Giovana Pinheiro (@giapinheiro) March 8, 2021
#MeuRival afirmava, para todo mundo ouvir, que mulher não entendia e não era capaz de jogar futebol enquanto eu era a única jogando com os guris.
— Tati Mantovani (@tatimantovani) March 8, 2021
#MeuRival é um treinador que me chamou de princesa, mas tratou todos os outros colegas jornalistas pelo nome. Eu era a única mulher na cobertura
— Juliana Arreguy (@arreguyju) March 8, 2021
#MeuRival proibiu mulheres de cabelo curto de jogarem um campeonato de futebol. Estava no REGULAMENTO da competição. Ele queria deixar o torneio mais "feminino".
— Museu do Futebol (@museudofutebol) March 8, 2021
#MeuRival acha que mulher entende de futebol se ela sabe falar o que é impedimento.
— Gabriela Nolasco (@gabinolasco) March 8, 2021
#MeuRival me chamou num canto para explicar como eu deveria me comportar numa coletiva de imprensa de um técnico, mas não fez o mesmo com colegas homens
— Juliana Arreguy (@arreguyju) March 8, 2021
#MeuRival é o jornalista esportivo que paga de desconstruidão na internet, mas no privado trata as colegas mulheres (especialmente as mais novas) que nem pedaço de carne.
— Olga Bagatini (@OlgaBagatini) March 8, 2021
#MeuRival mandava eu "usar o charme" para apurar informação.
— Renata de Medeiros (@rmedeirosrenata) March 8, 2021
*Com informações do Metrópoles*
Neste Dia Internacional da Mulher, segunda-feira (08), repórteres e atletas se engajaram nas redes sociais para dar voz às mulheres que sofrem com o machismo e assédio todos os dias.
Com a #MeuRival, diversos nomes, alguns muito conhecidos, outros nem tanto, jogadoras como Tamires da Seleção Brasileira e do Corinthians, fizeram relatos fortes através do Twitter, mostrando como é difícil ser mulher dentro do esporte.
O perfil do Museu do Futebol respondeu um perfil que questionou o uso da hashtag, “Com a #MeuRival estão se referindo aos homens em geral? Porque se for, não entendi o motivo para enxergar todos eles como inimigos.” Veja a replica e entenda:
Luiza Sá, do LANCE!, escreveu: “MeuRival já chega encostando sempre. Toda vez que vai falar alguma coisa com mulher está perto demais, coloca a mão no ombro, passa no cabelo, força a convivência e nunca percebe que todas ficam desconfortáveis.” Tamires publicou: “#MeuRival questiona o futebol feminino e o fato de ser atleta e mãe”.
O repórter do Globoesporte.com, Davi Barros, exaltou o uso da hashtag e os relatos acompanhados por ela. Ele chegou a admitir ter se identificado em alguns deles.
*Com informações do Metrópoles*