Salah Abdeslam, principal acusado de participar dos ataques terroristas de 2015 em Paris e Saint-Denis, foi condenado nessa quarta-feira (29) a prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. O Tribunal Penal de Paris também condenou outro dos principais réus, Mohammed Abrini, a prisão perpétua com cumprimento mínimo de 22 anos.
Abdeslam foi o único sobrevivente do grupo de nove integrantes que realizou os ataques, enquanto Abrini fazia parte do grupo que viajou de Bruxelas a Paris para também cometê-los, mas de última hora desistiu de participar. Os outros réus foram condenados a penas que vão desde prisão perpétua a quatro anos de prisão.
O tribunal considerou culpados todos os 20 réus que por quase dez meses prestaram depoimentos por envolvimento nos ataques jihadistas de 13 de novembro de 2015 que mataram 130 pessoas e feriram centenas na capital francesa e arredores. Os condenados têm um prazo de dez dias para recorrer contra a decisão.
Relembre o atentado
O crime foi realizado de forma simultânea em diversos pontos de Paris e causou 130 mortes por fuzilamentos em massa, atentados suicidas, explosões e tomada de reféns. Ao todo, ocorreram três explosões separadas e seis fuzilamentos em massa, incluindo bombardeios perto do Stade de France no subúrbio ao norte de Saint-Denis.
O ataque mais mortal foi no teatro Bataclan, onde os terroristas fuzilaram várias pessoas e fizeram reféns até o início da madrugada de 14 de novembro.
(*) Com informações da Agência Brasil de Notícias