Marido esfaqueia, estrangula e espanca esposa após escrever testamento

Um britânico esfaqueou, estrangulou e espancou até a morte a própria esposa, uma defensora da adoção de pessoas com deficiência.

Marido esfaqueia, estrangula e espanca esposa após escrever testamento
Foto: Acervo Pessoal / Filhos

Um britânico esfaqueou, estrangulou e espancou até a morte a própria esposa, uma defensora da adoção de pessoas com deficiência. Em sua defesa, ele alegou ter se sentido frustrado pelo fato da mulher não ter-lhe dado o divórcio nas condições requeridas.

Raymond Hoadley, de 62 anos, será julgado pelo assassinato da esposa Jackie, 58, duas semanas depois de assinar um contrato que lhe entregaria mais de R$ 7 milhões de “herança” caso ela morresse. O crime aconteceu em junho de 2020.

O caso foi levado ao tribunal de Lewes Crown Court, em Hove. O casal acumulou economias e investimentos no valor de mais de R$ 7 milhões em um casamento de 25 anos e tinha uma propriedade em Eastbourne, East Sussex, no Reino Unido.

Hoadley redigiu um contrato escrito à mão dando que lhe dava controle total da fortuna da família se a esposa morresse. O casal adotou duas crianças com deficiências graves e Jackie era uma ativista respeitada da causa.

Os dois também eram diretores de outro fundo de mais de R$ 1 milhão, criado com uma indenização por danos criminais destinado à filha adotiva.

Crime brutal

Jackie Hoadley foi encontrada no quarto com sete facadas pelo rosto e pescoço. A artéria carótida e veia jugular foram cortadas. Feridas nos braços mostraram que ela tentou se defender e lutar contra o agressor.

O casal adotou Eleanor, de 9 anos, e Matthew, agora com 16 anos, ambos gravemente incapacitados, exigindo cuidados 24 horas. Matthew estava sob cuidados na Chailey Heritage School, perto de Lewes, quando a mãe foi assassinada. Eleanor, que não pode andar e é cega, estava na sala ao lado.

Divórcio

Raymond Hoadley disse a uma amiga da família que queria o divórcio e um acordo, como foi declarado no julgamento. Carol Bentley era amiga do casal e contou, no tribunal, como o acusado era excessivamente cauteloso quanto a gastar dinheiro.

Ela relatou que Raymond queria resolver o divórcio e o a questão do dinheiro. Mas a esposa não queria falar sobre o assunto. “Ele sentiu um certo grau de frustração. Eu pedi para que ele desse um tempo a ela, mas ele não respondeu.”

Carol disse que o réu estava frustrado porque a maior parte do dinheiro estava em nome da esposa ou em contas conjuntas. A amiga relatou que ele pretendia se livrar dos filhos com deficiência e seguir a vida com a maior parte das economias do casal, mas Jackie sabia que seria difícil criar sozinha os filhos.

Diante do júri, Raymond Hoadley negou ter assassinado a esposa. O julgamento ainda está em curso.

*Com informações do Daily Mail*