Brasil reconheceu sete mulheres imigrantes como apátridas

Além de autorização de residência no Brasil por prazo indeterminado, os apátridas passam a ter assegurado o exercício de todos os direitos e garantias.

Brasil reconheceu sete mulheres imigrantes como apátridas
Foto: Fábio Pozzebom / Agência Brasil

Um balanço divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública revela que 16 imigrantes – nove mulheres e sete homens – foram reconhecidos  como apátridas desde a nova Lei de Migração, em vigor desde 2017. Do total , sete reconhecimentos ocorreram em 2020. Entre os 16, quatro se naturalizaram brasileiros em 2018 e 2019.

Além de autorização de residência no Brasil por prazo indeterminado, os apátridas passam a ter assegurado o exercício de todos os direitos e garantias, em condição de igualdade com brasileiros, inclusive direito ao voto.

Ao ter registrada a residência no Brasil, os apátridas têm direito à Carteira de Registro Nacional Migratório, o documento que facilita a vida civil do portador, que passa a ter condições de acesso a emprego e a serviços públicos e bancários.

Segundo o secretário nacional de Justiça, Cláudio de Castro Panoeiro, o Brasil é signatário de uma convenção internacional para erradicação da apatridia e é reconhecido como modelo por outros países. “O tratamento que o Estado brasileiro oferece a essas pessoas, dando-lhes condições de pertencimento a um território, a um país, a uma cultura, estimula histórias de recomeço, com segurança e proteção do governo”, observa.

Para cumprir essa convenção, segundo o Ministério da Justiça, a legislação brasileira oferece um trâmite de naturalização diferenciado. O processo reduz o prazo de residência exigido para obtenção da nacionalidade

.Entre os 16 apátridas reconhecidos pelo Brasil estão cidadãos da Síria (2), do Egito (2), da China, Polônia, do Kuwait, Suriname, da Alemanha, do Paraguai, da Palestina, do Líbano (4) e Japão.