Pelo menos 13 pessoas morreram asfixiadas em uma boate na capital peruana, Lima, durante uma operação policial na noite desse sábado (22). O governo do país prevê toque de recolher aos domingos, em virtude da pandemia do novo coronavírus, e, por isso, a ação foi autorizada.
Entre os óbitos, há 11 homens e duas mulheres. Outras seis pessoas se feriram, sendo três civis e três militares.
“Diante da intervenção policial, que não utilizou nenhum tipo de arma ou gás lacrimogêneo, os participantes da festa tentaram escapar pela única porta, atropelando-se e ficando presos entre uma porta e uma escadaria no local”, disse o Ministério do Interior do Peru, em comunicado oficial.
A polícia deteve 23 pessoas que estariam participando da festa e conduziram o grupo à Direção Criminal de Los Olivos, um populoso bairro ao norte de Lima.
11 personas murieron al interior de una discoteca ubicada en el cono norte por evitar ser intervenidos por la policía. Las personas corrieron en estampida, algunas cayeron al suelo y se asfixiaron. pic.twitter.com/CVqQJqIncL
— Jesús Verde (@jesusverdeL) August 23, 2020
Quando os militares foram acionados para desfazer a aglomeração, imaginaram encontrar uma reunião entre 20 e 30 pessoas, mas encontraram 120 participantes em um espaço reduzido, conforme informou o comandante geral da polícia à rádio RPP, Orlando Velasco.
“No fim da escada havia uma porta de metal que dava para o lado de dentro. Nessas circunstâncias as pessoas ficam nervosas e algumas começam a sair, mas a porta se fechou. Todas ficaram presas no desespero de sair, também o nosso capitão, com mais dois policiais”, narrou Velasco à RPP. O policial também disse que precisou usar um veículo de tração para arrancar a porta.
Dos 13 mortos, apenas um morreu no local. Os outros faleceram no deslocamento ou em hospitais.
COMUNICADO URGENTE pic.twitter.com/oX0Lm90a5R
— Ministerio del Interior (@MininterPeru) August 23, 2020
O Peru é o terceiro país latinoamericano em número de mortos e casos de Covid-19. No país andino, 27.453 pessoas perderam a vida pela doença, deixando-o atrás apenas no Brasil, que lidera a lista, e do México.
*Com informações do Metrópoles*