A invasão da Rússia sobre a Ucrânia completa 1 mês nesta quinta-feira (24). A tensão entre as partes vem escalando desde 2014, com a anexação da península da Crimeia por Moscou, a deflagração de conflitos separatistas na região de Donbass e a eleição do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, não-alinhado ao Kremlin, em 2019.
O esperado era que a presença militar fosse concentrada nas regiões separatistas do Donbass, que tiveram sua independência reconhecida pelo líder russo; mas, com a justificativa de “desmilitarizar” e “desnazificar” a Ucrânia, a Rússia empreendeu um ataque a diversas regiões do país — incluindo a capital ucraniana, Kiev.
Desde então, pelo menos mil civis morreram em decorrência de ataques aéreos, apesar dos russos negarem que atinjam alvos não-militares, e cerca de 3,5 milhões de pessoas deixaram a Ucrânia, incluindo metade das crianças do país. As bombas e tiros foram avistadas nas metrópoles, no interior e no litoral, sendo a cidade portuária de Mariupol um novo “inferno”, definiram moradores.

Com sinais de uma aproximação da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no final de 2021, Moscou considerou que o Ocidente estava “cruzando uma linha vermelha” em seu quintal de influência. Ordenou o deslocamento de até 150 mil soldados para pontos da fronteira entre países durante janeiro e fevereiro.
Mas a “operação” de Putin gerou uma reação imediata: sanções sem precedentes foram aplicadas por membros da aliança ocidental Otan, assim como por outras nações fora do grupo. Dentro da Rússia, protestos anti-guerra emergiram, mas foram rapidamente domados pela polícia. Na TV estatal russa, uma produtora segurou uma placa com dizeres críticos à empreitada do Kremlin.
(*) Com informações da CNN Brasil