O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, negou o pedido da ala de deputados bolsonarista de investigar o ex-presidente Lula por incitação a violência no inicio do mês de abril. Segundo o ministro, o petista não possui foro privilegiado, e declarou que a reportagem citada no pedido de investigação “se limita à transcrição de alguns poucos fragmentos de declarações supostamente proferidas durante evento de caráter político eleitoral, de resto totalmente descontextualizadas”.
Na denúncia, os deputados afirmam que a fala de Lula foi antidemocrática e que ele “praticou o crime previsto de incitação à abolição violenta do Estado Democrático de Direito e perseguição”. Os parlamentares também pediram que o petista fosse obrigado a manter distância mínima de 300 metros de “qualquer parlamentar, de suas residências e da sede do Congresso”.
Durante um evento realizado com membros da Central Única de Trabalhadores (CUT) no começo deste mês, Lula disse que fazer atos públicos em frente ao congresso em Brasília “não movem uma pestana de um deputado” e que ir até casa deles para conversar e expor ideias seria mais efetivo, pois tiraria a tranquilidade deles.
“Veja bem, o deputado tem casa, se a gente pegasse 50 pessoas, mapeasse o endereço deles e fosse até a casa desses deputados para conversar com as esposas, filhos deles para incomodar mesmo poderíamos ter resultados”, declarou o ex-presidente.
A fala de Lula não foi bem recebida por diversos parlamentares bolsonaristas. Alguns deles postaram vídeos em redes sociais exibindo armas de fogo em sinal de “boas vindas” ao ex-presidente. Entre eles os deputados federais Junior Amaral (PL-MG) e o Delegado Pablo (União Brasil-AM).
(*)Com informações da Agência Brasil de Notícias