A chegada do Festival Folclórico de Parintins 2022 traz consigo outro retrospecto em gestão pública, além da rotatividade turística: os gastos com a transmissão. No Amazonas já chegam a quase R$ 3,5 milhões os pagamentos feitos pelo governo de Wilson Lima (União Brasil) para a sua antiga “casa”, a TV A Crítica.
Os repasses, com a assinatura do presidente da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), foram divulgados no Diário Oficial do Governo do Amazonas.
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De acordo com os documentos oficiais, a empresa usada para receber os repasses milionários dos cofres públicos é a ERA – EMPRESA DE RADIODIFUSÃO AMAZÔNIA LTDA, que faz parte do grupo Calderaro de Comunicação. Os pagamentos estão sendo feitos através da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur) e os dois contratos foram assinados por Gustavo de Araújo Sampaio, presidente da Amazonastur.
Ambos os extratos de contratações foram publicados no Diário Oficial da última terça-feira (21). O valor global somado dos contratos é de R$ 3.310.250,22 (três milhões, trezentos e dez mil e duzentos e cinquenta reais e vinte e dois centavos).
O primeiro contrato firmado entre o governo e a empresa do grupo Calderaro, ERA – EMPRESA DE RADIODIFUSÃO AMAZÔNIA LTDA, vai receber a quantia de mais de meio milhão, precisamente R$ 835.921,50, apenas para produzir e veicular vídeos com imagens da cidade de Parintins e do Festival Folclórico de 2022.
Já no segundo contrato, também com a ERA, o valor salta para R$ 2.474.328,72 para que a TV A Crítica faça “transmissão do 55° Festival Folclórico de Parintins, no período de 23 de junho de 2022 a 27 de junho de 2022”. Ambas as contratações foram feitas em modalidade de dispensa de licitação.