Água consumida no Solimões tem substâncias prejudiciais à saúde, aponta estudo

Estudo inédito analisou a qualidade da água em 44 casas flutuantes em três municípios do Médio Solimões, durante os períodos de seca e cheia dos rios.

Reprodução/Internet

O estudo examinou a água armazenada pela população para consumo direto, constatando que 90% dela era guardada em garrafas PET ou baldes.

Aliás, 63,6% dos moradores afirmaram não realizar qualquer tipo de tratamento na água antes de consumi-la.

Os resultados revelaram ainda que mais de 83% das amostras de água analisadas apresentaram níveis elevados de nitrito e manganês, substâncias prejudiciais à saúde humana.

Além disso, foram encontradas bactérias capazes de causar doenças como diarreia e infecções em seres humanos.

Conforme o coordenador do projeto, o Dr. Michel Nasser, da Ufam, além das análises, o estudo também avaliou os hábitos de consumo e as condições gerais de armazenamento da água.

“Foram realizadas duas campanhas de coleta e análise da água de casas flutuantes dos municípios de Coari (17 amostras), Codajás (11) e Tefé (16) ”, informou o pesquisador.

As conclusões direcionam ações de saúde pública para melhorar a qualidade da água consumida e pesquisas sobre contaminação por manganês e nitrito em fontes naturais de água.

Sobre o estudo

Treze pesquisadores da Ufam e USP participaram do estudo “Impacto dos eventos climáticos na qualidade da água consumida por residentes de casas flutuantes no Amazonas”.

Além disso, o projeto contou com o apoio do Governo do Estado por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

*Com informações do site Real Time 1