Trabalhadores da empresa Marquise Ambiental terceirizada cruzaram os braços na manhã desta quinta-feira (28) e pedem da empresa mais segurança no trabalho. Um dos representantes dos motoristas da empresa afirmou que, além da morte do colaborador, eles reivindicam direitos trabalhistas, como hora extra, volta do terceiro turno, manutenção de carros e plano de saúde.
“Estamos ultrapassando o limite de trabalho. Estamos passando 14 horas trabalhando, está muito puxado, a gente não ganha hora extra, vai pra esse banco de horas que não existe, a gente não recebe. A gente tem que correr 72 km, e somos cobrados por tempo e peso”, declarou o colaborador.
Os garis afirmam que os não completarem a meta são obrigados a assinarem advertências. Os médicos da empresa se negam a realizar o atendimento.
O representante, Hudson Rodrigues, do Sindicato de Cargas que representa os motoristas, esteve no local e afirmou que listou todas as reivindicações dos trabalhadores e as levou para o diretor da empresa, que agora espera pelo menos cinco representantes dos coletores para realizar uma comissão e entrar em acordo com os trabalhadores.
O diretor da empresa afirmou que só deve realizar acordo com os trabalhadores mediante discussão com representantes.
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Diversos coletores de lixo fecharam a avenida S6, no bairro do Japiim, na noite dessa quarta-feira (27), em forma de protesto pela morte de Aldenir Rodrigues Castilho, de 25 anos. Moradores do bairro se juntaram na manifestação e pediram por mais segurança, e pela prisão dos envolvidos no crime.

Mais de 10 caminhões ficaram enfileirados, enquanto os agentes de limpeza faziam orações e falavam sobre o crime.
O corpo de Aldenir foi encaminhado para a cidade natal, Benjamin Constant, no interior do Amazonas, onde deve ser enterrado nesta quinta-feira (28). O crime é investigado pela Polícia Civil.
(*) Com informações da Agência Brasil de Notícias