Após o desaparecimento do indigenista Bruno Araújo Pereira, da Fundação Nacional do Índio (Funai), e do jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian, agentes especializados das Forças de segurança do Amazonas serão enviados para o município de Atalaia do Norte para apoiar nas buscas e investigações. A determinação do reforço policial foi feita pelo governador do Estado, Wilson Lima.
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O titular da 50ª Delegacia Interativa de Polícia Civil (DIP), delegado Alex Perez, montou uma força-tarefa entre as polícias Militar e Civil, além de voluntários para intensificação das buscas na região, que já foram iniciadas.
A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) está tomando todas as medidas cabíveis para auxiliar na elucidação do caso, em colaboração ao Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF) e Funai.
Temor pela segurança do jornalista
Em nota, o The Guardian confirmou o desaparecimento do jornalista britânico, que está trabalhando em um livro sobre meio ambiente com apoio da Fundação Alicia Patterson. Atualmente, Philips está sediado em Salvador e faz reportagens sobre o Brasil há mais de 15 anos para jornais como Guardian, Washington Post, New York Times e o Financial Times.

“Crescem os temores sobre a segurança de um jornalista britânico e de um especialista indígena brasileiro que desapareceram em um dos cantos mais remotos da Amazônia poucos dias depois de receberem ameaças. O Guardian está muito preocupado e busca urgentemente informações sobre o paradeiro e a condição de Phillips. Estamos em contato com a embaixada britânica no Brasil e autoridades locais e nacionais para tentar apurar os fatos o mais rápido possível”, informou o Guardian News & Media:
Phillips se juntou a uma das expedições de Pereira à mesma região em 2018 para relatar as tribos perdidas da Amazônia para o Guardian.
“Ele é conhecido por seu amor pela região amazônica e viajou para lá extensivamente para relatar a crise que o meio ambiente do Brasil e suas comunidades indígenas enfrentam”, diz o comunicado do jornal.
Na semana passada, Phillips postou um vídeo em seu perfil no Instagram em um dos rios amazônicos. “Amazônia sua linda”, postou o jornalista.
Por meio de nota, a Funai informou que acompanha o caso e está em contato com as forças de segurança que atuam na região, além de colaborar com as buscas. Ele não está em missão oficial do órgão.
“Embora o indigenista Bruno da Cunha Araújo Pereira integre o quadro de servidores da Funai, ele não estava na região em missão institucional, dado que se encontra de licença para tratar de interesses particulares”, informou a nota.
A Polícia Federal afirmou, em comunicado, que já está acompanhando e trabalhando no caso do desaparecimento da dupla. “As diligências estão sendo empreendidas e serão divulgadas oportunamente”, diz a instituição.
(*) Com informações da Agência Brasil de Notícias