Empresários que teriam defendido golpe são alvos de operação da PF

O grupo teria defendido um golpe de Estado no Brasil caso Lula ganhe as eleições em 2022.

Reprodução

Grandes empresários são alvos de operação da Polícia Federal nesta terça-feira (23). O grupo é suspeito de defender um golpe de Estado no Brasil caso o ex-presidente Lula seja eleito presidente nas eleições de 2022. Mandados de busca e apreensão contra de oito empresários e dez endereços são cumpridos entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará. Trinta e cinco agentes federais participam da operação.

As buscas foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em uma decisão no último dia 19. Também foi autorizada quebra de sigilo bancário e oitiva dos empresários, além do bloqueio das contas nas redes sociais.

Entre os alvos da Polícia Federal nesta terça (23), estão:

Afrânio Barreira Filho, do grupo Coco Bambu;

Ivan Wrobel, da construtora W3;

José Isaac Peres, da Multiplan;

José Koury, do Barra World Shopping;

Luciano Hang, das lojas Havan;

Luiz André Tissot, do grupo Sierra

Marco Aurélio Raymundo; das lojas Mormaii;

Meyer Joseph Nigri, da Tecnisa

Em nota, a defesa de Luiz André Tissot afirmou que o grupo Sierra e o empresário “não irão se manifestar sobre o tema”.

Já a defesa de Ivan Wrobel, da construtora W3, disse que o empresário “tem um histórico de vida completamente ligado à liberdade”. “Colaboraremos com o que for preciso para demonstrar que as acusações contra ele não condizem com a realidade dos fatos”, acrescentou a defesa.

A assessoria das lojas Havan confirmou a apreensão do celular de Luciano Hang e encaminhou um áudio com posicionamento do empresário. “Sigo tranquilo, pois estou ao lado da verdade e com a consciência limpa. […] Em minhas mensagens em um grupo fechado de WhatsApp está claro que eu nunca, em momento algum falei sobre golpe ou sobre STF”, afirmou Hang.

As investigações começaram depois que o site Metrópoles publicou uma reportagem denunciando que os empresários investigados faziam parte de um grupo em um aplicativo de mensagens, onde defendiam um golpe de estado caso Bolsonaro perca as eleições para Lula.

(*) Com informações da CNN Brasil