A família de uma paciente que morreu com suspeita de coronavírus em Belém, no Pará, atacou um médico que teria citado o vírus no atestado de óbito da paciente. O caso aconteceu nesse sábado (11), em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade.
Nas imagens que circulam nas redes sociais, é possível ver o momento em que os familiares cercam o médico e começam a gritar com ele, contestando a afirmação de que a vítima teria sido infectada pelo vírus. “O exame só sai em sete dias, como é que ela morreu disso?”, questiona a filha da vítima, que se recusa a aceitar quando o médico reforça que se trata de uma suspeita. Outras pessoas ao redor também gritam e xingam o profissional.
Além das agressões verbais e da intimidação, o vídeo mostra que os familiares da mulher chegam a atacar fisicamente o médico, que tenta driblar a situação sozinho. Uma das pessoas envolvidas no ataque chega a puxar o equipamento de proteção que o médico usava ao falar com a família.
O discurso anticientífico de Jair Bolsonaro tem efeitos no cotidiano dos profissionais de saúde.
No Pará, um médico colocou no atestado de óbito de um paciente "suspeita de coronavírus".
A família quase agrediu o médico, dizendo que ele deveria ter colocado "pneumonia". pic.twitter.com/V8Osoj58qm
— William De Lucca (@delucca) April 11, 2020
*Com informações do BHAZ*