Polícia conclui que morte de Leandro Lo não foi por legitima defesa

PM atirou contra a cabeça do campeão de jiu-jítsu após uma discussão em um show

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De acordo com a investigação que apura a morte do campeão de jiu-jítsu, Leandro Lo, assassinado em uma festa na madrugada do último domingo, em São Paulo, foi descartada a possibilidade de legítima defesa por parte do policial Henrique Velozo, suspeito de efetuar o disparo que matou o atleta. O PM foi denunciado por homicídio qualificado e está preso preventivamente por 30 dias, podendo estender a prisão por mais 30 dias.

Segundo as autoridades, para que a ação seja caracterizada como legitima defesa, os disparos deveriam ser feitos em partes inferiores e não letais do corpo. Leandro Lo foi atingindo no rosto.

Em entrevista concedida ao Uol Esporte, o delegado José Eduardo Jorge, titular do 16° DP da Vila Clementino, contou que Velozo utilizou uma arma de propriedade da Polícia Militar no crime.

“O que nós sabemos é que houve um mal-entendido dentro do show. As pessoas envolvidas, por causa de uma garrafa que ainda estamos em apuração, se desentenderam. […] Segundo as testemunhas ouvidas no dia dos fatos, o lutador teria imobilizado o policial no chão. Quando aquela turma do ‘deixa disso’ [entrou], o policial teria levantado, dado a volta e ficado de frente pro lutador. Aí tirou a pistola e deu um tiro na testa [de Leandro Lo]. [A pistola] é da corporação, está apreendida junto com o celular”

Essa não é a primeira vez que Henrique Velozo apresentou conduta inapropriada na corporação. Em 2017 ele foi acusado de agredir com socos e chutes outros PM´s que foram chamados para atender uma ocorrência na boate The Week. Na noite do ocorrido o Tenente estava de folga. Velozo recebeu pena de 9 meses de prisão em regime aberto.

(*)Com informações do Uol Esportes