Dispensado da Globo após mais de 40 anos, Stênio Garcia, 88, disse que ficou abalado com a saída da emissora, em entrevista para o jornal O Dia.
“Eu fiquei sem chão. Nunca tive problemas com a emissora e considerava a Globo como a minha casa. Na verdade, ainda considero muito a emissora, onde trabalhei bastante. Eu saía de um trabalho e entrava no outro, isso quando não fazia dois ao mesmo tempo. Tenho muito amor, respeito e gratidão pela Globo. Mas, desde 2013, eu não era mais chamado para trabalhar”.
O ator falou sobre Silvio de Abreu, o diretor de teledramaturgia da emissora. Na opinião de Stênio, é possível que Abreu não gostasse dele por uma razão pessoal.
“Não sei por que ele não gostava de mim. Não gostava e talvez porque eu sou baixinho (risos). Mas acredito que tenha a ver com a Cleyde Yáconis [morta em 2013], que foi minha mulher e grande amiga do Silvio. Eu me apaixonei e perdi uma mulher maravilhosa. Ele [Silvio de Abreu] era muito amigo dela, viu o quanto a Cleyde sofreu e ficou com raiva de mim. Pode ser isso. Eu só sei que eu não tenho raiva de nada”, disse.
Ele ainda afirmou que não sabe se pretende acionar a Globo na Justiça. “Fui demitido no início da pandemia e fiquei perdido. Ainda estou. Tenho que pensar melhor, tenho que conversar com a minha mulher Marilene [Saade] e decidir”, declarou Stênio.
*Com informações da UOL*