
Depois de adotar uma polêmica tecnologia para a vigilância de telefones celulares, Israel fechou nesta quarta-feira todas suas fronteiras aos estrangeiros, exceto os que moram no país, para combater a pandemia do novo coronavírus. Os casos confirmados aumentaram 40% nas últimas 24 horas, chegando a 427 no país, que fechou todos os centros de lazer, escolas e universidades. O governo também proibiu os deslocamentos “não essenciais”.
“Após as recomendações do Ministério da Saúde, ficou decidido que, a partir de hoje, estrangeiros não poderão entrar”, assinalou a pasta do Interior em comunicado.
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Até então, estrangeiros que comprovassem a possibilidade de ficar em quarentena por 14 dias podiam entrar no país. Além do monitaramento dos celulares, o Ministério da Saúde publicou novas diretrizes instruindo a população a ficar em casa e adicionou praias e parques à lista de lugares — como escolas, shoppings, restaurantes e teatros — que foram fechados para o público. Há também recomendações em vigor para que não haja aglomerações com mais de 10 pessoas.
Nesta quarta-feira, o premier reforçou o pedido para que sejam cumpridas as medidas de isolamento e alertou que, se a população não cumprir as ordens, poderia impor confinamentos. Segundo o premier, alguns membros da comunidade judaica ultraortodoxa de Israel e “parte das minorias” — uma referência à minoria árabe de 21% — não entenderam a mensagem.
— Ontem, demos instruções claras pedindo às pessoas que fiquem em casa o máximo que puderem e que saiam apenas quando for essencial, para comprar suprimentos de comida e outras necessidades que especificamos — afirmou ele em entrevista à TV israelense Channel 12. — Se a mensagem não for entendida, não hesitarei em impor um confinamento.
*Com informações do O Globo