
A facção criminosa Comando Vermelho (CV) já possui um exército de 30 mil faccionados com braços no Acre e no Amazonas. A estimativa consta em um relatório de inteligência do governo do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), segundo matéria da coluna Radar, na revista Veja, publicada neste sábado (22).
De acordo com a publicação, o relatório diz que o Comando Vermelho abriga no Rio de Janeiro “mercenários da África e Europa Oriental” com experiência militar para treinar e armar a facção criminosa.
“Enquanto o STF conduz a política de segurança pública no Rio, o crime vai aumentando o efetivo e se especializando. Com seus braços no Norte, ele controla a cadeia da droga no Brasil. É uma Farc em criação, que pode sair do controle do Estado”, diz um trecho da matéria atribuída a uma fonte do governo.

Além dos 30 mil “soldados”, a estimativa do relatório de inteligência é que o arsenal de armas da organização chegue a 5 mil fuzis. Por conta disso, o CV teria virado alvo de preocupação do governo Bolsonaro.
Guerra
No Amazonas, o CV – que é a maior facção do tráfico da capital fluminense – trava uma briga sangrenta com a rival Família Do Norte (FDN) pela disputa dos pontos de drogas em Manaus, e o campo de batalha é o bairro da Compensa, na zona Oeste da capital.
Matéria feita pelo Portal AM1 mostrou que de janeiro a agosto deste ano, o confronto entre os membros dessas organizações criminosas já deixou, pelo menos, 58 pessoas mortas no quarto bairro mais populoso da capital do Estado.
Segundo a publicação, enquanto o CV tenta o controle total do bairro Compensa, com resistência forte dos fiéis do narcotraficante “Zé Roberto da Compensa”, preso em um sistema de segurança máxima, o Primeiro Comando da Capital (PCC), com base em São Paulo também comprou a briga.
E nesse cenário de tensão, os moradores são testemunhas de muitas vidas perdidas, quase que diariamente, pela competição por território na região.