O presidente Jair Bolsonaro criticou e ofendeu o prefeito de Manaus, Arthur Neto, na reunião ministerial realizada no último dia 22 de abril. O vídeo da reunião foi divulgado nesta sexta-feira (22), pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello.
Ao tratar sobre as medidas restritivas relacionadas a Covid-19, Bolsonaro afirma que políticos estão se aproveitando da pandemia do vírus para “tocar o terror” no país e cita Arthur Neto.
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“Esse bosta do governador de São Paulo [João Doria], esse estrume do Rio de Janeiro [Wilson Witzel], entre outros, é exatamente isso. […] O bosta do prefeito lá de Manaus agora abrindo covas coletivas. Um bosta, e quem não conhece a história dele procura conhecer porque eu conheci dentro da câmara aqui do meu lado e nós sabemos que a ideologia dele e que ele prega. E o que ele sempre foi e que tá aproveitando agora, um clima desse pra levar o terror no Brasil”, declarou.
Veja o vídeo:
Trecho2: @jairbolsonaro ataca os governadores e o prefeito de Manaus.
Ignora os mortos da pandemia. pic.twitter.com/EI5sjQWtut— Joice Hasselmann ANTI BOLSOLULA🇧🇷 (@joicehasselmann) May 22, 2020
A fala de Bolsonaro já havia sido destaque na revista Veja, na qual ele teria chamado o prefeito de “vagabundo”, o que após a divulgação das imagens, se provou contrário ao publicado anteriormente.
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O vídeo faz parte do inquérito que investiga a possível intervenção do presidente no comando da Polícia Federal (PF). A denúncia foi apresentada pelo ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Em nota, Arthur Neto afirmou que os insultos de Bolsonaro são “um verdeiro strip-tease moral” por quem não tem “a mínima condição de governar o Brasil”. Além disso, o prefeito também declarou que o presidente é “despreparado, inculto e deseducado”.
“Transforma a solenidade de uma reunião de Ministério em uma conversa de malandros de esquina. Quebra a liturgia do cargo. Vulgariza a instituição que deveria saber honrar. Exibe despreparo e me põe a questionar todos os presentes: como um ministro pode, sem se desmoralizar, conviver com uma pessoa dessa baixa extração? Que tempos! Que costumes”, cita em trecho da nota.
