O mandatário do país, Jair Bolsonaro (sem partido), compartilhou nesta segunda-feira (25/1) discurso do presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) que defende o retorno ao trabalho presencial.
Na fala, o desembargador Carlos Eduardo Contar critica o isolamento social, que ele chama de “fiquem em casa”, e afirma que a imprensa propaga discurso fúnebre.
“Voltemos nossas forças ao retorno ao trabalho, deixemos de viver conduzidos como rebanho para o matadouro daqueles que veneram a morte, que propagandeiam o quanto pior melhor, desprezemos pois o irresponsável, o covarde e picareta da ocasião que afirma ‘fiquem em casa’, ‘não procurem socorro médico com sintomas leves’, ‘não sobrecarreguem o sistema de saúde’. É, paciência senhores, os tempos realmente são estranhos”, diz o desembargador.
– Presidente do Tribunal de Justiça do MS e a volta ao trabalho…https://t.co/4kHJq8I2pF pic.twitter.com/qpHXVtmw3A
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 25, 2021
A declaração de Contar foi proferida na última sexta-feira (22/1), em seu discurso de posse na presidência do TJMS.
“Mostremos nós, trabalhadores do serviço público, responsabilidade com os deveres e obrigações com aqueles que representamos, e por isto mesmo, retornemos com segurança, pondo fim à esquizofrenia e palhaçada midiática fúnebre, honrando nossos salários e nossas obrigações, assim como fazem os trabalhadores da iniciativa privada, que precisam laborar para sobreviver e não vivem às custas da viúva estatal com salários garantidos no fim de cada mês”, continua o desembargador.
Desde o início da pandemia, o presidente da República é crítico das medidas de isolamento social, defendidas por autoridades sanitárias e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter a disseminação do novo coronavírus. Bolsonaro prega que saúde e economia devem andar de mãos dadas.
O chefe do Executivo tem pedido a governadores e prefeitos que não decretem novos lockdowns, apesar das novas ondas da Covid-19 nos estados. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) tirou a responsabilidade do governo federal sobre a pandemia, ao decidir que estados e municípios têm poder para impor regras de isolamento, quarentena e restrição de transporte e trânsito em rodovias em razão do novo coronavírus.
*Com informações do Metrópoles*
