A Justiça do Irã emitiu mandado de prisão para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e mais 36 estrangeiros em referência ao ataque que matou o general Soleimani e outras pessoas em janeiro. De acordo com a TV Al Jazeera e a agência iraniana Fars, o governo iraniano está acionando a Interpol para ajudar a cumprir a ordem judicial.
O ataque feito com drones pelo governo Trump em 3 de janeiro, próximo ao aeroporto internacional de Bagdá, no Iraque, matou Qassem Soleimani, uma das principais personalidades militares do Irã.
O promotor iraniano Ali Alqasimehr afirmou hoje que Trump e mais 30 pessoas de seu governo estão sob acusação de “assassinato e terrorismo”.
“36 indivíduos envolvidos ou que ordenaram o assassinato de Qassem, incluindo políticos e militares dos EUA e de outros governos, foram identificados, e oficiais judiciários emitiram mandados de prisão contra eles”, disse Alqasimehr à agência iraniana Fars.
Não foram identificadas as outras três dezenas de pessoas que o promotor quer processar, além de Trump, mas o mandado afirma que Trump será processado “assim que deixar a presidência”.
A Interpol foi procurada pela Al Jazeera, mas ainda não comentou o mandado. O promotor também teria pedido um “alerta vermelho” no caso, o mais urgente da Interpol.
As chances de a Interpol aceitarem o pedido do Irã são baixas, já que em suas funções, há proibição de que a polícia internacional aja intervindo na política de outro país.
Relembre o caso
Do UOL, em São Paulo* 29/06/2020 08h24Atualizada em 29/06/2020 11h09 A Justiça do Irã emitiu mandado de prisão para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e mais 36 estrangeiros em referência ao ataque que matou o general Soleimani e outras pessoas em janeiro. De acordo com a TV Al Jazeera e a agência iraniana Fars, o governo iraniano está acionando a Interpol para ajudar a cumprir a ordem judicial. O ataque feito com drones pelo governo Trump em 3 de janeiro, próximo ao aeroporto internacional de Bagdá, no Iraque, matou Qassem Soleimani, uma das principais personalidades militares do Irã.
O major-general foi morto quando sua comitiva deixava o aeroporto de Bagdá, junto a integrantes de uma milícia iraquiana aliada do Irã, em um bombardeio ordenado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
O ataque aconteceu poucos dias após manifestantes invadirem a embaixada dos EUA em Bagdá, entrando em confronto com as forças americanas no local. E, de acordo com o Pentágono, Soleimani teria aprovado os ataques à embaixada.
Os manifestantes protestavam contra o bombardeio, no domingo passado, a bases do grupo Kataeb Hezbollah no Iraque e na Síria, em que pelo menos 25 pessoas morreram.
Os EUA afirmaram, por sua vez, que a ofensiva de domingo fora uma resposta a um ataque de míssil contra uma base militar no Iraque que matou um civil americano na sexta-feira passada.
*Com informações do UOL*