Hackers travam cinto de castidade masculino e exigem pagamento para destravar

Hackers se aproveitaram de uma falha de segurança em um cinto de castidade masculino conectado à Internet para tentar extorquir dinheiro dos usuários.

Hackers travam cinto de castidade masculino e exigem pagamento para destravar
Foto: Divulgação

Hackers se aproveitaram de uma falha de segurança em um cinto de castidade masculino conectado à Internet para tentar extorquir dinheiro dos usuários.

Produzido por uma empresa chinesa chamada Qiui, o Cellmate tem uma falha em sua interface de comunicação, que permite a um hacker bloquear o aparelho e impedir que ele reaja aos sinais para desbloqueio enviados por um servidor.

Como o aparelho foi projetado para travar um anel de metal sob o pênis do usuário, em caso de invasão é necessário o uso de ferramentas de corte para libertá-lo, já que não há uma função de emergência que o abra.

A falha que permite o ataque não é nova: ela foi divulgada em outubro passado pela Pen Test Partners, uma empresa de segurança da Inglaterra. Os pesquisadores descobriram que a interface de comunicação (API) usada entre o Cellmate e os servidores da Qiui não é segura, e expõe uma incrível quantidade de informações sensíveis. Entre elas os nomes dos usuários, registros das conversas e localização exata, além de permitir o envio de comandos a qualquer aparelho no planeta.

Como o aparelho foi projetado para travar um anel de metal sob o pênis do usuário, em caso de invasão é necessário o uso de ferramentas de corte para libertá-lo, já que não há uma função de emergência que o abra.

Alex Lomas, analista da Pen Test Partners, vê o caso como um exemplo da importância das empresas manterem um canal de comunicação com os pesquisadores de segurança. “Quase toda empresa ou produto terá algum tipo de vulnerabilidade durante sua vida. Talvez não tão ruim quanto esta, mas alguma. É importante que todas as empresas tenham uma forma para que os pesquisadores possam contatá-las, e que se mantenham em comunicação com eles”.

*Com informações do Olhar Digital*