O que o Brasil ainda vende e compra da Venezuela em crise

Mesmo sem reconhecer o governo de Nicolás Maduro na Venezuela, o Brasil mantém negociações comerciais com o chavismo Foto: Divulgação

Apesar das críticas do presidente Jair Bolsonaro e das ameaças de sanções, hoje a Venezuela ainda é o c do qual o Brasil mais importa e a 59º colocada nas nossas exportações.

Na comparação do comércio entre os dois países em iguais períodos (janeiro a setembro) em 2018 e 2019, as trocas já caíram para quase a metade — queda de cerca de 47% neste ano. Até setembro deste ano, o Brasil vendeu ao chavismo US$ 238,4 milhões (R$ 951 bilhões), e comprou US$ 71 milhões (R$ 283 milhões), mais da metade em metanol, um biocombustível (cerca de US$ 35 milhões, ou R$ 140 mi).

Em segundo lugar nas compras feitas pelo Brasil aparece a energia elétrica, já que o Estado de Roraima não é ligado ao sistema elétrico nacional. Em contrapartida, o produto brasileiro mais vendido aos venezuelanos não é mais a carne, mas o arroz — muito mais barato, já que, por medo de calote, as empresas brasileiras têm vendido somente com pagamento antecipado.

Quais as diferenças dos modelos econômicos da Bolívia e da Venezuela? O que é possível comprar com o novo salário mínimo aprovado por Maduro na Venezuela?

Todo o metanol consumido no Brasil é importado. A substância serve de matéria-prima para a indústria química — na produção de madeira artificial, como o MDF, por exemplo — e para a produção de biodiesel. Nas estatísticas do Ministério da Economia, o metanol é o 52º produto mais comprado pelo Brasil, e a Venezuela foi, até setembro, o 4º principal fornecedor, atrás de Trinidad e Tobago, Chile e Estados Unidos.

*Com informações BBC*