O adiamento dos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio, por conta da pandemia do coronavírus pode ser motivo de preocupação para confederações e o Comitê Olímpico Internacional devido ao fator financeiro que essa decisão gera. Porém, segundo apurou a ESPN, o COB não corre esse risco.
Mesmo com o risco de eventuais contratos de patrocínio e outras fontes de renda mudarem de ideia com a incerteza da nova data da Olimpíada e até os mesmos estarem vencidos até o novo calendário ser definido, não há neste momento esse tipo de preocupação no Comitê Olímpico Brasileiro.
Segundo apurou a ESPN, não haverá interferência substancial na questão dos patrocínios por conta deste adiamento.
Em seu site oficial, o COB conta com dois patrocinadores oficiais anunciados: a Universidade Estácio e a Peak, fornecedora de materiais esportivos. À ESPN, a Estácio garantiu que nada muda no contrato com o COB.
“A parceria da Estácio com Comitê vem de muito antes desse ciclo olímpico e vai permanecer, pois nossa preocupação é com o desenvolvimento dos atletas, por meio da educação. Alguns atletas estudam na Estácio com bolsa integral. Além disso, temos também uma série de projetos socioeducacionais com o Instituto Olímpico Brasileiro, braço educacional do COB, e outras frentes em desenvolvimento que seguem o cronograma estabelecido junto ao Comitê. Essas ações integram o Pilar Esporte do nosso Programa de Responsabilidade Social. Portanto, nada muda em nossa parceria”, disse Cláudia Romano, vice-presidente de Relações Institucionais, Sustentabilidade e Comunicação da Estácio.
O Ministério da Cidadania emitiu nota dizendo que as suas bolsas serão mantidas.
“O programa Bolsa Atleta, para o governo Bolsonaro, é uma permanente ferramenta de formação e aprimoramento de atletas brasileiros, independentemente de seu nível. Será sempre mantido e ampliado”, disse o ministro Onyx Lorenzoni. “Por tudo o que significam para nossa sociedade, por defenderem e levarem o nome do Brasil aos pódios mundo afora e por serem exemplos para nossas crianças e jovens, nossos atletas merecem todo o apoio, e a saúde dos brasileiros, atletas ou não, é sempre nossa prioridade”, completou.
“O termo usado é ‘força maior’. Vai ter que ser analisado caso a caso. O evento de força maior indica que ocorrendo um evento de força maior, as partes podem não estar mais obrigados a cumprir o que está no contrato. Se o COB se protegeu nas clausulas, não há problema”, disse Leandro Borges, sócio da área de contratos da Velloza Advogados
A situação no COI
O COI também tem alguns patrocinadores globais, sendo que quatro deles têm contratos encerrados. Até o momento, o comitê não se posicionou sobre se esses vínculos serão renovados.
“Essas marcas estão hoje focadas em prestar o melhor serviço para a sociedade. Normalmente, trabalhariam dentro de um tempo de quatro anos, que chamamos de ciclo olímpico. Agora, esse ciclo ficou um pouco maior”, explicou Ivan Martinho, professor de marketing esportivo da ESPM.
*Com informações da ESPN*