Polícia Federal do Amazonas deflagra operação contra crimes de corrupção em nova fase da Maus Caminhos

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A Polícia Federal do Amazonas (PF-AM) deflagrou na manhã desta sexta-feira (19/07), a Operação Vertex, uma nova fase da Operação Maus Caminhos, que investiga a prática de crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A operação está sendo executada no Amazonas, São Paulo e Brasília. Estão sendo cumpridos nove mandados de prisão temporária, 15 mandados de busca e apreensão, 18 mandados de bloqueios de contas de pessoas físicas e jurídicas que giram em torno de aproximadamente 92.5 milhões de reais e sete mandados de sequestro de bens móveis e imóveis.

Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal, que tiveram parecer do Ministério Público Federal (MPF).

A investigação foi desmembrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em razão dos indícios detectados de recebimentos de vantagens indevidas por um ex-governador, que por exercer o cargo de senador, poderia ter direito a foro privilegiado no STF.

Segundo nota da Polícia Federal do Amazonas, entre as vantagens indevidas de que se tem suspeita pela investigação, são a de que havia entregas de dinheiro em espécie ou por meio de negócios simulados ou superfaturados, a fim de ocultar a entrega de dinheiro dissimulado por meio de contratos de aluguel e de compra e venda.

Operação Maus Caminhos e desdobramentos – A investigação está diretamente relacionada com as outras fases da Operação Maus Caminhos, sendo elas a Operação Custo Político, Operação Estado de Emergência e Operação Cashback.

Na Operação Custo Político se apurou a prática de crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de capitais e pertinência a organização criminosa, praticados por cinco ex-secretários de estado, bem como diversos servidores públicos e o núcleo da organização criminosa desbaratada na primeira fase da operação.

A Operação Estado de Emergência completava o núcleo político do Poder Executivo estadual, tendo alcançado o ex-governador do Amazonas, José Melo, que chegou a ser preso e custodiado no Centro de Detenção Provisória de Manaus 2 (CDPM 2), no km 8 da BR-174 (Manaus – Boa Vista).

Na Operação Cashback, a investigação foi do envolvimento de outras empresas em conluio, em relação as quais, suspeita-se que foram efetuados pagamentos embasados em notas fiscais falsas, sem a correspondente prestação de serviço, além de pagamentos por serviços superfaturados.

 

*Com informações da assessoria*