O papa Francisco escreveu uma carta para explicar comentário associando a homossexualidade ao pecado durante entrevista à agência de notícias Associated Press no último dia 24 de janeiro. Segundo o pontífice, em texto divulgado pelo site norte-americano de catolicismo LGBT+ Outreach, ele estava se “referindo ao ensinamento moral católico, que diz que todo ato sexual fora do casamento é pecado”. Em nota na sexta-feira (27), o pontífice argentino lembrou que mesmo esse ensino está sujeito a circunstâncias que podem eliminar o pecado.
O papa fez os comentários pela primeira vez em uma entrevista à agência de notícias Associated Press, na qual declarou que as leis que criminalizam a homossexualidade eram “injustas” e que “ser homossexual não é crime, mas pecado”.
A doutrina Católica proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo, alegando que o sacramento do casamento é um vínculo vitalício entre um homem e uma mulher. Em seu pontificado de uma década, Francisco manteve essa doutrina, mas fez do alcance da comunidade LGBT+ uma prioridade. Além disso, ele enfatizou uma abordagem mais misericordiosa na aplicação da doutrina, para acompanhar as pessoas em vez de julgá-las.
Na entrevista, Francisco reconheceu que lideranças católicas em algumas partes do mundo ainda apoiam leis que criminalizam a homossexualidade ou discriminam a comunidade LGBTQIA+. “Esses bispos precisam ter um processo de conversão”, afirmou o pontífice, acrescentando que tais lideranças devem agir com ternura –“por favor, como Deus tem por cada um de nós”.
(*) Com informações do UOL Notícias