Dada a conclusão do processo eleitoral para candidatos à Câmara dos Deputados, o parlamento tem hoje cerca de 40% dos candidatos eleitos pela primeira vez alvos de processos ou investigações. Dos 202 eleitos, 80 parlamentares de primeira viagem já foram investigados ou são suspeitos de calúnia, mau uso de recursos públicos, estelionato e até homicídio.

O estado do Amazonas tem dois parlamentares entre os 80 que já foram alvo de investigações. O ex-prefeito de Coari e agora deputado federal eleito Adail Filho (Republicanos) foi preso em 2019 em uma operação que investigava suspeitas de cobrança de propina para a quitação de débitos com a prefeitura de até 30% para fornecedores que não recebiam da prefeitura.

À época, o Ministério Público afirmou que houve desvio de mais de R$ 100 milhões, em dois anos, por suposta organização criminosa comandada por Adail.

Ao menos até julho deste ano, havia processos sigilosos a respeito de Adail que tratavam de suspeitas de formar organização criminosa para emprego irregular de verbas públicas e de peculato. Segundo a Justiça, os processos não tinham decisão

Saullo Vianna e acusação de estelionato

Ainda no Amazonas, o deputado Saullo Vianna (União Brasil) chegou a ser preso em 2018, em uma operação policial. Ele foi alvo de inquérito sob suspeita de estelionato.

Apesar de ter sido alvo das investigações, a comunicação do deputado esclarece que o processo foi arquivado antes do deputado ter sido denunciado na condução.