De agressão a traição partidária: conheça os pré-candidatos à prefeitura de PF

Entre os personagens já conhecidos estão Ricelli Pontes, Fernandão e Marcelo Palhano. Os três respondem ou já responderam por crimes

Dada a largada oficial para o período de pré-campanha no município de Presidente Figueiredo, líderes políticos e figuras já conhecidas da região articulam chapas para a corrida eleitoral. Entre os personagens já conhecidos estão Ricelli Pontes, Fernandão e Marcelo Palhano. Os três respondem ou já responderam por crimes políticos, administrativos e até de agressão.

No ano de 2019, a empresa Ecoagro Comércio e Serviços Ambientais Ltda foi denunciada, junto com o ex-prefeito de São Gabriel da Cachoeira, René Coimbra, por fraude em licitação pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Púbico do Estado do Amazonas (MP-AM), por fraude em licitação.

No mesmo ano, Palhano também foi alvo da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) em cumprimento de uma medida protetiva, após ele ser denunciado por agressão. O empresário era reincidente nesse caso. Em 2018, Palhano já tinha sido denunciado na Lei Maria da Penha por outra vítima.

Nas eleições de 2024, Marcelo Palhano será vice de Fernando Vieira na pré-candidatura para a Prefeitura de Presidente Figueiredo.

Fernandão: improbidade administrativa e doação irregular

No ano passado, o ex-prefeito de Presidente Figueiredo, Fernando Vieira, o Fernandão, foi condenado em mais de R$ 10 mil por ter recebido doações irregulares durante a campanha para a prefeitura, em 2020. As contas de Fernandão foram reprovadas pela juíza eleitoral do município, Maria da Graça Giulietta Cardoso de Carvalho Starling, em sentença proferida no dia 20 de julho daquele ano. Fernando Vieira concorreu à prefeitura do município, mas não foi eleito.

Em 2024, Fernandão deve voltar tentar retornar à prefeitura da cidade. Quando esteve à frente do município, Fernandão também foi alvo do Ministério Público do Amazonas.

A Promotoria de Justiça de Presidente Figueiredo, instaurou Ação Civil Pública (ACP) contra o ex-prefeito daquele município, por dano ao erário no valor de R$ 591.146,06. A ação inclui pedido de indisponibilidade de bens e toma por base decisão do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), que julgou irregular a prestação de contas da Prefeitura de Presidente Figueiredo referente ao exercido de 2010, em razão de graves irregularidades, que configuram atos de improbidade administrativa e dano ao erário.

“Ocorre que, no caso em análise, além da prática de atos de improbidade administrativa houve, também, prejuízo ao erário, dano ao patrimônio público. E, como as ações de ressarcimento ao erário, decorrentes de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade Administrativa, são imprescritíveis, decidimos ajuizar essa Ação”, justificou o Promotor de Justiça, Leonardo Tupinambá.

Ricelli Pontes e infidelidade partidária

O vereador e pré-candidato a prefeito de Presidente Figueiredo, Ricelli Pontes, teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TER-AM) em 2020.

Por unanimidade, os membros da Corte do TRE votaram pela perda de mandato ao entender que o vereador cometeu infidelidade partidária ao trocar o Partido Democrático Trabalhista (PDT) pelo PSC. No processo, consta ainda, que a carta de desfiliação foi direcionada ao juiz da Comarca de Presidente Figueiredo, mas, tão somente, no dia 19 de dezembro de 2019, ou seja, sete meses depois.

Com base nas informações, o TRE resolveu cassar o mandato do vereador, por ele não ter conseguindo comprovar para a Justiça a causa da mudança partidária.

Nas eleições 2024, Ricelli Pontes também deve buscar a prefeitura da cidade.