Planta da Caatinga e Cerrado se revela promissora no tratamento da candidíase

O sansão-do-campo é nativo de dois dos biomas brasileiros: a Caatinga e o Cerrado Foto: Divulgação

Do solo do Cerrado e da Caatinga, dois biomas brasileiros, nasce o sansão-do-campo, árvore pequena conhecida também como sabiá. Saberes tradicionais de comunidades dali já exploram há tempos as propriedades da Mimosa caesalpiniifolia para a saúde, mas agora um dos poderes desta planta foi descoberto e reforçado pela ciência: o de combater fungos que causam a candidíase, infecção que acomete mulheres e homens nos genitais.

Folhas coletadas em Minas Gerais foram levadas ao laboratório, onde pesquisadores brasileiros, das universidades Estadual Paulista (Unesp) e de Federal de Alfenas (Unifal), e colegas espanhóis conseguiram isolar os compostos químicos do sansão-do-campo e testar as combinações mais eficazes na inibição do crescimento de duas espécies do gênero de fungos Candida, a Candida glabrata e a Candida krusei.

Quatro dos 28 compostos testados apresentaram resultados promissores e serão testados na forma de pomada – a ideia é que ela possa um dia ser uma alternativa ao fluconazol, tratamento antifúngico padrão no tratamento contra a candidíase.

Os fungos do gênero Candida estão normalmente nos nossos corpos, mas em caso de alguma alteração, como a baixa de imunidade, eles podem causar a candidíase, infecção que traz coceira e dor nos órgãos genitais; além de, nos homens, pequenas feridas; e corrimento nas mulheres.

Apesar de causar incômodo, a infecção não apresenta, em geral, graves riscos. No entanto, para pessoas hospitalizadas, ela pode ser mortal, ainda mais em um contexto de resistência a antibióticos.

 

 

*Com informações da BBCNews*