Diretor da OMS manifesta preocupação com casos de coronavírus no Amazonas

De acordo com Michael Ryan, o Brasil é o país mais afetado na América do Sul e que o Amazonas possui altas taxas de ‘ataques’ da covid-19

(Foto: Divulgação/OMS)

O Amazonas é o estado com situação mais preocupante na pandemia do coronavírus, para a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em coletiva, nesta sexta-feira (22), a entidade afirmou que a América do Sul se tornou o novo epicentro da Covid-19.

Segundo o diretor do programa de emergências da OMS, Michael Ryan, a organização está oferecendo ajuda direta a vários estados que “estão sendo duramente afetados, incluindo o Amazonas”.

“A maioria dos casos é da região de São Paulo, mas também Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas, Pernambuco estão sendo afetados”, disse Ryan. “Mas em termos de taxas de ataque, as mais altas estão, na verdade, no Amazonas: cerca de 490 pessoas infectadas para cada 100 mil habitantes, que é uma taxa de ataque bem alta”, declarou.

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Covid-19: Casos confirmados no Amazonas chegam a 27.038

Ryan disse ainda que houve um aumento no número de casos nos países sul-americanos, mas que o Brasil é o mais afetado atualmente. Além disso, reforçou que a OMS não recomenda o uso da cloroquina ou hidroxicloroquina para tratar a doença.

“Nós também notamos que o governo do Brasil aprovou a hidroxicloroquina para uso mais amplo, mas ressaltamos que nossas revisões clínicas sistemáticas atuais realizadas pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a evidência clínica atual não apoiam o uso generalizado de hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19 – não até que ensaios [clínicos] sejam concluídos e nós tenhamos resultados claros”, destacou.

Casos no Amazonas continuam subindo

O Amazonas tem 27.038 casos confirmados de coronavírus, a informação é do boletim epidemiológico divulgado pela Fundação de Vigilância Sanitária (FVS) nesta sexta-feira (22).

Entre pacientes em Manaus, há o registro de 1.127 óbitos confirmados em decorrência do novo coronavírus. Já os 47 municípios do interior estão com óbitos confirmados até o momento, em um total de 542.