O presidente Jair Bolsonaro afirmou a apoiadores que “talvez” escolha o novo ministro da Educação nesta quinta-feira (02). Ele disse que “deu problema com o [Carlos Alberto] Decotelli”, que pediu demissão 5 dias depois de assumir no cargo, por causa de uma série de inconsistências curriculares.
Decotelli foi questionado por eventual plágio na dissertação de mestrado. O doutorado e pós-doutorado dele foram colocados em dúvida pelas universidades da Argentina e Alemanha, respectivamente. Por fim, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) informou numa nota que o então ministro não tinha sido professor da instituição.
O ex-ministro é da reserva da Marinha. Ele presidiu o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) de fevereiro a agosto de 2019. Nesse período, a CGU (Controladoria Geral da União) apontou suspeita de irregularidades em uma licitação de R$ 3 bilhões, que foi cancelada pelo seu sucessor.
Desde que foi escolhido para comandar o Ministério da Educação na última quinta-feira (25), vários questionamentos sobre seu passado surgiram. Eis abaixo uma relação:
- licitação suspeita quando presidiu o FNDE;
- acusado de plágio em dissertação de mestrado;
- universidade argentina diz que ele não tem doutorado;
- ministro muda currículo pela primeira vez depois de universidade argentina alertar sobre seu doutorado incompleto;
- universidade alemã informa que ministro não tem pós-doutorado;
- ministro muda currículo pela segunda vez depois da informação de que não tem pós-doutorado;
- FGV disse que Decotelli não era professor da instituição.
Agora ex-ministro, Decotelli afirmou que a FGV fez uma “covardia moral” e 1 “linchamento”. Ele disse: “Se a FGV não tivesse me destruído, eu estaria agora trabalhando no MEC e ajudando o presidente Bolsonaro.”
Decotelli afirmou que o presidente Jair Bolsonaro queria mantê-lo no cargo, apesar das inconsistências curriculares. A pá de cal foi a nota da FGV.
Decotelli embarcou nesta quarta-feira (1º) em 1 voo da Azul de Brasília a Campinas (SP). No aeroporto de Viracopos, onde fez conexão para Curitiba, onde mora. Disse que a nota da FGV é “uma traição”.
*Com informações do Poder 360*